HIDROKINESE
Hidrocinese

Por que levamos choques ao encostar em maçanetas?
Isso acontece quando o corpo humano está tão eletrizado que acaba descarregando a energia acumulada (conhecida como energia estática) no primeiro objeto condutor que aparece pela frente. A corrente – formada pelo batalhão de elétrons que passa do corpo para a maçaneta – transita numa velocidade tão grande que dá para sentir esse movimento. É essa sensação que chamamos de choque.
“Ficamos carregados quando usamos calçados com sola de borracha, blusas de lã ou tecidos sintéticos. Esses materiais, em movimento, acumulam carga”, afirma o físico Cláudio Furukawa, da USP. E objetos de metal, como maçanetas ou portas de carro, são o destino preferido das cargas extras, atraídas pelos elétrons livres na estrutura.
Apesar de não terem época certa para ocorrer, esses choques têm uma quedinha especial pelas estações mais secas. “Normalmente, a umidade do ar serve para descarregarmos a carga acumulada”, diz o físico André Luiz Belém, da Unesp. Mas nem todo vaivém de elétrons é chocante: o organismo só sente correntes elétricas com intensidade a partir de 1 miliampère. “Em todo caso, a corrente nesse tipo de choque é pequena e tem pouca duração, por isso não tem efeito prejudicial à saúde”, afirma Cláudio.
Um corpo eletrizado pode atrair um corpo neutro?
Pode sim, pois um corpo neutro possui a mesma quantidade de elétrons e prótons então digamos que você aproxime um corpo carregado negativamente de um neutro os prótons do corpo neutro serão atraidos pelos eletrons do outro corpo, e os eletrons do corpo neutro serão repelidos.
Isso se chama indução, onde há um corpo neutro polarizado, mas não caregado.
Curvando a água
(Atração do filete de água pelo bastão eletrizado)
Objetivo
Atração de um corpo neutro por um corpo eletrizado; indução eletrostática.
Material
Lata com pequeno orifício na lateral, bastão plástico, lã, meia de seda, flanela.
Montagem
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O bastão eletrizado (-) induz separação de cargas de sinais opostos (indução) na região do filete d’água próxima a ele (veja detalhe na figura).
As cargas (+) induzidas no filete são atraídas pelas cargas (-) do bastão e as (-) são repelidas. Como a intensidade das forças de atração supera aquelas da repulsão (pois as cargas de sinais opostos estão mais próximas), o filete desvia aproximando-se do bastão.
As forças de coesão da água e a tensão superficial mantém a forma do filete. O fenômeno é denominado, por vezes, de 'atração por indução'.
Como mostra a experimentação, não é necessário que dois corpos apresentem cargas de sinais opostos para que ocorra a atração entre eles, pela indução que ocorre, basta que um deles esteja eletrizado.
O pente de plástico adquire electricidade estática ao pentear o cabelo. Esta experiência lembra-me a da caneta de plástico e do lenço, que eu fazia na primária. Se esfregarmos uma caneta de plástico com um lenço, pode-se depois utilizar a caneta para atrair pedaços pequenos de papel. Acho que toda a gente já fez esta experiência. Na experiência do pente o conceito é o mesmo.
O pente de plástico é um isolante eléctrico porque não pode conduzir electricidade. Ao passar o pente no cabelo este adquire carga eléctrica estática porque electrões deslocam-se do cabelo para o pente. A carga adquirida pelo pente é então negativa, enquanto que a do cabelo é positiva. O jacto de água é constituído por moléculas polares e é muito fino. Este pode ser atraído pela carga eléctrica estática presente no pente, sofrendo uma alteração de direcção. À medida que vamos repetindo as aproximações do pente ao fio de água, a carga vai gradualmente desaparecendo, sendo o efeito cada vez menor. O mesmo acontece quando tornamos a passar o pente no cabelo.
