A ficção científica sempre foi sucesso nos livros, nos filmes e na televisão. E uma das séries mais famosas marcadas por esse filão foi, sem dúvida alguma, a cult ‘Jornada nas estrelas’. A bordo da nave estelarEntreprise o capitão James Kirk viajava pelo espaço sideral descobrindo novos mundos galácticos e enfrentando perigos que culminaram, inclusive, na morte de seu primeiro-imediato, o vulcano Spock, a quemKirk admirava mais que a qualquer ser humano.

No enterro de Spock – para quem não viu o episódio – após o sermão funerário dirigido por Kirk, ouviu-se uma gaita de foles executada pelo engenheiro-chefe Scotty que usou o instrumento musical para tocarAmazing grace  – esta é uma das músicas gospel mais conhecidas do universo.

‘Jornada nas estrelas’ trouxe aos cinéfilos e aos telespectadores diversas curiosidades e experimentos na área tecnológica, muito embora várias delas não passassem de fruto da mais profunda ficção – o que faziam com propriedade fazendo jus ao estilo que representavam.
Comentando mais sobre esse quase quinquagenário êxito das telas pode-se recordar que uma das cenas que causavam sensação acontecia principalmente quando os personagens utilizavam o teletransportador sempre sob o comando do personagem de William Shatner: “Beam me us up, Scotty!”. Era o espetáculo da desmaterialização da matéria corporal no interior da nave e sua recomposição física num local fora dela! Não se tratava da mágica largamente utilizada por Samantha Stevens ou pelo gênio da lâmpada Jeannie Nelson, mas de uma tecnologia que embora fosse utópica não deixava de causar impacto nos que mantinham os olhos quase sem piscadelas durante a exibição.
Por fim, deixando à parte o mundo da fantasia e da ficção, pude perceber que o teletransporte de pessoas é uma realidade confirmada no mundo há mais de dois mil anos, ou seja, muito tempo antes de Star Trek ter sua estreia na TV.
A Bíblia relata que logo após batizar o oficial etíope o apóstolo Filipe é arrebatado pelo Espírito do Senhor, sendo teletransportado de Gaza para Azoto (a distância media cerca de 50 Km).
Outro teletransporte digno de registro foi o ocorrido e, ao mesmo tempo, operado por Jesus após a sua ressurreição: vindo de Emaús, dois discípulos estavam reunidos com o Mestre à mesa para a refeição que foi protótipo da ceia do Senhor hoje, quando após abençoar e repartir o pão com eles, Jesus foi reconhecido, mas desapareceu de diante de seus olhos, deixando-os boquiabertos.
Outros exemplos de teletransporte operados por Cristo ocorreram no meio dos discípulos e precisou que deixasse tocar na marca dos cravos em suas mãos para que cressem que não era um fantasma. Era, sim, a matéria corporal divina de Jesus teletransportando-se através das paredes.