Se você não sabe, o estresse é a resposta instintiva de defesa do nosso corpo sobre situações que o nosso cérebro interpreta como “ameaçadoras” ou “perigosas”. Mas afinal, como o estresse funciona?
O estresse libera vários tipos de hormônios no corpo para prepará-lo para a sua defesa e proteção. Quando o perigo passa, a superprodução de hormônios é interrompida no corpo e tudo volta ao normal.
Entretanto, no dia a dia – principalmente de quem mora em grandes centros urbanos – vivemos várias situações que o cérebro interpreta como ameaçadoras. Uma discussão com o chefe, o namorado ou os filhos basta para o cérebro entender como ameaça e ativar todo o circuito de estresse.
Quais são as reações que acontecem em cada órgão do nosso corpo em estresse?
1) Cérebro: o hipotálamo e a hipófise comandam o estresse no corpo. O hipotálamo reconhece a informação emocional do ambiente e manda para a hipófise, que estimula as glândulas suprarrenais. Esta libera vários hormônios, sendo um deles a endorfina, que é um analgésico muito potente. Por causa dela, numa luta de boxe, o lutador não sente cortes ou ossos fraturados. Mas a sua alta quantidade no corpo agrava enxaqueca, dores nas costas e dores de artrite.
2) Glândulas suprarrenais: liberam cortisol e adrenalina. O cortisol age como antiinflamatório e o seu excesso destrói a resistência do corpo às infecções. A adrenalina prepara o organismo para grandes esforços físicos. Aumenta o ritmo cardíaco, a tensão arterial e o nível de açúcar no sangue. Minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal, e maximiza o fluxo para os músculos nas pernas e nos braços.
3) Coração: o aumento do batimento cardíaco gera bombeamento de mais sangue e oxigênio para músculos e pulmões. O sangue circulando mais rápido melhora a atividade muscular esquelética e cerebral, facilitando a ação e o movimento. Em excesso, pode causar pressão alta (hipertensão), derrame e ataques cardíacos.
4) Respiração: o aumento do suprimento de ar faz as narinas se abrirem e todas as passagens de ar dos pulmões se dilatarem, favorecendo a captação de mais oxigênio. A respiração fica mais rápida e ofegante. Em excesso, pode causar pânico, fobias, etc.
5) Glândulas do aparelho digestório: pâncreas – o aumento de açúcar no sangue fornece energia “de curta distância”. A insulina reduz a glicose no sangue. A produção ineficiente de insulina pode gerar diabetes; fígado – quando a glicose se esgota, o colesterol passa a fornecer energia para os músculos. Principalmente o oriundo do fígado, que fornece energia de “longa distância”. Em excesso, provoca doenças cardiovasculares.
6) Tireoide: os hormônios da tireoide aceleram o metabolismo do corpo e, com isso, queimam mais depressa seu combustível e fornecem energia adicional para a fuga. O excesso desse hormônio causa intolerância ao calor, tremedeira, perda de peso, insônia, exaustão ou esgotamento.
7) Hormônios sexuais: há redução da testosterona e progesterona. Isso afeta a fertilidade e a libido. No homem, causa a ejaculação precoce e, na mulher, dificuldade para atingir o orgasmo.
8) Sentidos: intensificação total. A pupila se dilata e proporciona uma visão noturna e periférica melhor. A audição, o paladar e o olfato se aguçam. Em excesso, percebem-se menos os detalhes, gostos, cheiros, etc.
9) Pele: a pele se arrepia e o eriçamento dos pelos acentua o tato. A pessoa transpira mais e resfria os músculos superaquecidos. Pode acontecer também palidez amarelada da pele – resultado do desvio do sangue para o coração -, músculos e pulmão. Esse desvio reduz a perda de sangue no caso de ferimento.
Portanto, os efeitos do estresse são malignos ao corpo e precisam ser diariamente bem cuidados para não debilitá-lo.Um recurso valioso que tem sido utilizado para o combate ao estresse é o Life Coaching. Nesse tipo de coaching, a pessoa identifica as fontes estressoras e aprende a administrá-las de uma forma mais eficaz. Consequentemente, torna-se uma pessoa mais fortalecida em relação ao estresse diário e tem menos chance de adoecer.